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A mostrar mensagens de novembro, 2020
Tempos atrás a Comissão Europeia foi criticada por dificultar a ocupação de cargos importantes por representantes da extrema-direita eleitos democraticamente. Alegou que não podia deixar permitir cuidar do Estado de Direito por justamente quem o negava. Isso é democrático ou não? É. Não representa a maioria, e mesmo os regimes democráticos devem prever "exceções" exatamente para garantirem-se.
O assassinato do supermercado de Porto Alegre está sendo traduzido naturalmente por racismo. O país dá-se por satisfeito em saber se é ou não racista. Não é racista porque é um país de mestiços que separam-se em classes; rica e pobre. O país é classista e nisso é impiedoso. Mata.
O ataque do deputado extremista André Ventura à comunidade cigana é uma clara manobra divisionista para encontrar "culpados". Típico método fascista. Entretanto não deixa de ser um problema que os moderados preferem não falar dando azo para que o seu minúsculo partido aproveite essa legítima insatisfação popular. De fato são um verdadeiro problema em todo lugar onde estão presentes. Raríssimos são os que se integram, normalmente empresários bem sucedidos. A maioria vive à margem da sociedade, estigmatizada por pequenos delitos e desacatos. Ventura os acusa de subsídio-dependentes. O fato é que essa comunidade não representa nenhuma despesa a mais do que qualquer outro português carente que também receba o RSI Rendimento Social de Inserção. Os ciganos representam menos de 4% dos beneficiados, o que prova ser uma  desinformação propositada que boa parte da população desconhece e que os extremistas aproveitam para tirar partido e ganhar notoriedade. O principal problema não é ec
 Normalmente nos enganamos quando deixamos de discutir ideias e passamos a defender ou atacar nomes.  
 Casamento perfeito, na saúde ou na doença. Curiosa essa saudável relação entre a iniciativa privada e o Estado. Um não consegue viver sem o outro. Numa situação como essa de pandemia, o Estado precisa financiar a iniciativa privada para que esta traga à luz empregos que lhe paguem impostos... 
Recentemente concluíram-se as negociações para a fundação de um mercado comum oriental, incluídos Austrália e Nova Zelândia, com China e Japão como seu núcleo. A exemplo do antigo CEE provavelmente, a bem do desenvolvimento humano, também deverá haver no futuro uma "UO" União Oriental... Houve tempo em que o mundo dividia-se em Norte e Sul. Hoje está em Leste e Oeste. Com a janela que se abriu com a saída do presidente americano obtuso, talvez comecem agora também as negociações para a fundação de um mercado comum ocidental...  
Nos momentos de crise os partidos extremistas aproveitam a falta de resposta dos partidos tradicionais, mais moderados, que evitam falar abertamente sobre as questões do dia a dia que mais incomodam o eleitorado. Propõem-lhe soluções simplistas e aliciantes, como o divisionismo que procura culpados com o discurso de ódio e bravatas. Esquecem-se que fazer política sempre foi justamente a habilidade de saber ouvir esses problemas do cidadão comum e dar-lhes resposta. Os partidos moderados também erram por desprezar e não confrontar os extremistas através do debate aberto, que é tudo o que aqueles mais temem e evitam.
O que se pode retirar das últimas eleições? O eleitor continua não querendo saber de política, muito menos ideologia. Ele não gosta de extremismos, apesar de estar polarizado, e como sempre vota contra ou a favor do nome que está no poder e não no nome que é proposto. É pragmático e conservador. Não quer grandes mudanças ou novidades, no final vai preferir nomes conhecidos que o recordem alguma melhoria ou estabilidade. Nada de estranho na sua atitude claramente passiva e clientelista. Ele não age, reage, e assim vai dando continuidade à exploração. Mudança mesmo só quando começar a agir. O PT morreu e a Esquerda fugiu pro PSOL. A Direita continua bastarda. Feia e sem nome. 
 Os EUA declinam. Termina o seu tempo. Outro tomara o seu lugar no mundo como sempre foi. Vivemos esse momento da história e apesar de não ser tão fácil podemos ver as causas de sua queda, algumas comuns às outras da História, como por exemplo a desmoralização do poder, e outras muito consequentes daquilo que veio a ser o único sistema económico viável que se conhece até hoje; o Capitalismo. A queda dos EUA não deixa de ser uma consequência da exaustão do Capitalismo, não pelo seu princípio que se mostrou correto, mas por sua deturpação causada pela ganância. A concentração da riqueza tornou insustentáveis as naturais desigualdades. Não se pode também por isso, deixar de se ressaltar aquilo que permitiu o desvirtuamento da ideia da propriedade privada, da livre iniciativa, da concorrência justa, da lei do mercado, e tudo isso regulado pelo Estado de Direito. As salutares democracias tornaram-se sistemas políticos nocivos à valorização do indivíduo. O respeito pelo cidadão, que fundamen
 Avizinham-se novas eleições. Nossa sociedade ainda é atrasada, não está educada; não tem condições de governar-se. É manipulada, inclusive suas chamadas elites, entendidas como os intelectuais e classe média, ambos exclusivistas. Não tem maturidade social suficiente para organizar-se de forma representativa, sendo terreno fértil para os interesses patrimonialistas que fazem do cidadão mero consumidor pagante de impostos mantido na ignorância de sua condição. O agravamento das desigualdades e a despolitização das pessoas têm causado o surgimento dos radicalismos populistas pelo mundo. Não havendo essa compreensão por parte da população, restam duas alternativas políticas: O golpe que impõe rapidamente a correção à força ou a lenta mobilização de forças democráticas que componham governos reformistas. Em ambas, a população precisa ser levada a aprender a refletir e respeitar. 
 Não se trata de estar certo ou errado e sim de ser uma legítima opção de direita. O atual governo da Hungria não disfarça, pelo contrário realça de maneira firme as medidas que seu eleitorado esperava, a despeito dos protestos europeus. Além das questões polêmicas de comportamento social, nomeadamente a barreira implacável contra imigrantes, o Executivo tem agido continuadamente no Parlamento para alterar a Constituição de modo a assegurar seu ideário. Independentemente da simpatia ou não pelo seu cariz, aquele governo de direita, de uma forma geral antipático à opinião pública mundial, mostra sem hesitação aquilo que seu eleitorado espera da coerência ideológica. Nesse mundo polarizado e desorientado, justamente pelo uso deturpado da ideologia, tal exemplo demonstra bem que para além das simpatias pessoais, as medidas fortes do conservadorismo não devem ser excluídas das opções do voto democrático.  
 A balança tem que ter dois pratos... As pessoas têm que ter dois pesos... Todos têm que ter a mesma medida! Nosso desconhecimento da própria situação e do mínimo de teoria política não nos permite ver essa dialética. Somos ignorantes políticos e os que se dizem de um lado ou de outro não têm nenhuma coerência com a idéia. O Brasil nunca teve esquerda ou direita como ideologia (salvo o PCB original). Teve e continua a ter senhores e servos, não nos tornamos cidadãos. A ideia de esquerda surgiu para reformar a ideia de direita. A República surgiu para suplantar a Monarquia. Servos continuamos de um e de outro regime. Nossa esquerda não é cidadã porque não reforma. 
 Se a politização da população a faz agir e dessa forma obtém retorno positivo, então é viável a manutenção de eleições num regime democrático. Se o retorno é negativo, deve-se aumentar a ação popular, com maior politização, até que se obtenha o retorno desejado. Se não for possível aumentar essa ação através da politização, então deve-se recorrer à força para obter o retorno mais rapidamente.  
 A questão do custo com as aposentadorias é determinante nos orçamentos públicos. Constata-se por exemplo que 10% de toda despesa da Prefeitura do Rio são gastos somente com os servidores inativos da rede de ensino! Duas vezes mais que com Infraestruturas, Habitação e Conservação e quatro vez mais que com a Ordem Pública. Trata-se de um direito constitucional que, para além das condições e valores discutíveis, requer evidentemente o devido aprovisionamento na perspectiva da arrecadação de impostos e do envelhecimento da população ao longo do tempo. Sem a devida atenção ao tema, cada vez mais escassearão os urgentes investimentos da administração pública. 
 A Constituição proíbe a prisão até trânsito em julgado, ou seja, até a última instância. Significa dizer que todos podem recorrer ao STF o que é um exagero da lei. Diz ainda que só haverá prisão em flagrante ou após ordem escrita de autoridade judiciária. Nesse ponto o Código do Processo Penal complementa que a ordem judicial será em decorrência do trânsito em julgado ou no curso da investigação ou do processo em virtude de prisão temporária ou preventiva, ou seja, a Lei tal como está proíbe cumprir pena em segunda instância. Apesar de recente jurisprudência do STF que a permitia, este surpreendentemente volta atrás ao interpretar literalmente a lei de forma casuística para beneficiar o ex-presidente condenado e preso em terceira instância. Dessa forma abrem-se as portas da prisão para qualquer condenado, especificamente os que podem pagar caros advogados que os livrem ao menos de prisões preventivas ou temporárias enquanto seus processos seguem indefinidamente até o STF. Conclui-se q
 A  necessária discussão sobre o aproveitamento económico das reservas indígenas acaba por se perder nas bravatas ideológicas. Se por um lado não se pode simplesmente eliminar ou perverter uma Cultura, por outro não podem ficar intocados os recursos das reservas. Haveria um meio-termo? Sendo necessário o isolamento da cultura mais "frágil" para que a cultura mais "forte" não a influencie, as vastas e longínquas reservas fazem bem esse papel. Os contatos mínimos por profissionais habilitados, na própria língua indígena, devem ser de caráter puramente amistoso, de visitação curta, tendo em vista apenas a monitorização daquela comunidade. De que maneira uma eventual exploração econômica localizada na reserva poderia não afetar o pretendido isolamento? Seria inevitável o contato, mesmo dada a extensão territorial da reserva. Atividades agropecuárias e de silvicultura, assim como vias terrestres não seriam indicadas ao passo que uma mina ou hidrelétrica poderiam ser fisi
De uma boa conversa em grupo surgiu a discussão de um tema que aflige todos os pais que somos. O que buscam nossos filhos, tão diferente daquilo que desejaríamos? Um dos colegas, professor universitário, perguntou-nos a que velocidade assistíamos os vídeos do YouTube. Estranhamos não ser outra que não a normal, até mesmo porque não nos passaria pela cabeça aumentar o raio da velocidade! Ele respondeu então que seus alunos, mais ou menos da geração de nossos filhos, regra geral veem os vídeos com mais velocidade. O que nos pode dizer isto? O que de fato faz diferença entre assistir algo no seu próprio tempo ou num ritmo um pouco mais acelerado? Que diferença pode haver no modo de apreciar? Algumas pessoas, mesmo da nossa geração, têm por hábito abreviar uma discussão ou simples conversa porque antecipam o desenrolar e vão mais rápido ao ponto em questão. São mais argutos e não querem perder tempo em chegar às possíveis conclusões que pré-concebem, ou mesmo anseiam por outro encaminhamen
Nossas salutares diferenças podem ser pacíficas ou estar acirradas. Mais uma vez fanáticos radicais assassinam em represália ao que consideram abuso. Não seria melhor deixarmos de teimosias infantis e parar de brincar com assuntos sensíveis à religião de cada um? Nossa liberdade só deve ir até onde começa a do outro...