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A mostrar mensagens de novembro, 2021
O que antes era certo, hoje tudo é posto em causa. Não nos representam mais e nossa vontade já não conta; o voto é uma arapuca. As ideologias esmoreceram e a defesa da coletividade foi substituída pelo interesse egoísta do indivíduo; tremendo engano é achar que não dependemos do outro... A política tornou-se mera formalidade ineficaz, os interesses do Estado são exclusivos de alguns poucos. A democracia representativa já não existe de fato. Hoje uma ficção talvez acabe por se realizar. Uma democracia direta de bilhões de eleitores. Já há meios para isso. Já existe tecnologia para que bilhões de telefones móveis possam "pronunciar-se" toda vez que fosse posta em causa uma questão coletiva. "L'État c'est moi" (même)!
Deixemos de lado um pouco a figura do Estado, dessa chamada administração formal da sociedade baseada em leis e votos. É da sociedade que afinal se trata; e da sua cultura, e de seus costumes, e de suas vontades. O que dizer quando algo a perturba, a ameace, a amedronte e principalmente possa ter o poder de descaracterizá-la, a ponto de deixar de ser a sociedade que originou o próprio Estado? É do Multicuturalismo que estamos a falar. Do projeto de coabitação de diferente costumes num ambiente de tolerância e harmonia enriquecedora para o bem-estar de todos. Será isso realmente possível? Poderão povos com diferentes costumes e tradições conviver pacificamente de baixo de um mesmo Estado, ele próprio com suas leis e costumes? A resposta está a olhos vistos. A imiscibilidade de culturas é o fator gerador de Estados independentes, às vezes conflitantes, nomeadamente quando uma sociedade ameaça a outra, seja por razões económicas, demográficas ou pelo confronto de costumes, em especial o r