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A mostrar mensagens de julho, 2021
O Complexo de Inferioridade é um distúrbio bem conhecido na Psicologia. Diz-se que está no inconsciente das pessoas e como tal em algumas sociedades quando por motivos culturais se desenvolve. Conhecemos bem exemplos disso. Além dos ufanismos e manias de grandeza, um modo bastante comum de demonstrar esse complexo é o comportamento jocoso que visa minorar, ou reduzir para o seu tamanho, aquilo que se pensa não alcançar.
Comunicar. Tão natural e por isso necessário. O homem evoluiu e sua comunicação também. Primeiro a gestual, a seguir a oral, a pictórica e depois a escrita, e essa última comunicou rápido com toda a gente. Expressar-se e ser uno e indivisível. Transmitir para o outro coisas práticas, belas, conhecimento, sentimento... Imaginemo-nos todos juntos e encolhidos, cobertos de pelos, no escuro do fundo de uma caverna, mergulhados no mais profundo silêncio de medo do barulho dos trovões lá fora... Falar e escrever mudou tudo! 
Um trecho de uma cronista de quem sou habitual leitor despertou-me para as minhas gentes: "Estes dias pardos fazem recordar os dias cinzentos da agonia de Salazar e do caetanismo. A vida seguia igual e não parecia haver esperança de furar a monotonia da incompetência. Apetecia o exílio. Quase 50 anos depois da revolução de abril, nunca imaginei que tal sabor amargo viesse à boca, o de não ver futuro para Portugal, de não descobrir chefes respeitáveis que não façam da mentira a verdade da propaganda..." Em tudo há semelhança nas duas culturas, uma herdeira da outra, uma um fado da outra... E aí de repente surge à minha frente novamente a causa disso tudo. Que tantas e tantas vezes discorro em tentativas para explicar, certamente para aplacar minha inconformidade, o motivo de tamanho deblaque. Nós como eles também não somos representados, nem queremos que representem a nossa própria responsabilidade de sermos governados! Simplesmente não queremos. Preferimos assim, que alguém n
A condição feminina determinada pela sua fisiologia e principalmente pela vulnerabilidade da maternidade determinou sua posição social secundária e passiva em relação ao homem, mais forte fisicamente, e que sendo ativo a engravida. Todo progresso social equitativo de direitos entre os gêneros não conseguiu modificar essa relação de subalternidade aceite e preservada pelas sociedades. O comportamento da mulher que é educada para omitir seu impulso sexual, ao mesmo tempo que é estimulada para ser sexualmente atrativa, representa bem essa relação que não se modificará enquanto a manifestação natural do impulso sexual não for aceite, assim como a atratividade não for prioritária. A humanidade ainda não conheceu qualquer sociedade em que houvesse igualdade de expressão da pulsão sexual. 
Somos alma dentro de um corpo como alguém que vive numa casa. A casa envelhece e se degrada, rui, deixamos essa casa e seguimos à procura de outra. Algumas são fortes e resistem ao tempo, outras com defeitos de construção ou falta de manutenção caem cedo. O corpo é a casa que escolhemos, confortável ou não, é o nosso único abrigo no mundo e por isso temos que cuidar bem dela. Quando estiver bem velhinha e já não valer a pena reformá-la, deixemo-la. Procuremos uma nova casa para morar nesse mundo.
Maslow foi muito feliz quando hierarquizou nossas necessidades. Somente elas nos motivam. O nível de necessidades evolui à medida que são saciadas e assim amadurecemos. O homem mais primitivo busca comer enquanto o mais evoluído, ler... Os povos como as pessoas também têm suas necessidades. Os recentes distúrbios na África do Sul assim o demonstram. Enquanto nós brasileiros não tivermos atendido nossas necessidades básicas e individuais, não nos motivaremos para pensar em grupo.
Curioso observar os comportamentos das sociedades inglesa e francesa da atualidade e percebê-los como efeitos de suas diferentes e até antagónicas culturas. Enquanto a inglesa individualista e liberal xinga seus jogadores de cor pela derrota no futebol, a francesa mais social e coletiva, apegada às liberdades individuais, reluta em vacinar-se. São povos realmente diferentes desde a cepa.
A geração dos nossos pais foi a do rádio, a nossa da TV e a dos nossos filhos a da net. Entre as três uma diferença enorme de coisas oferecidas ao consumo. Na nossa havia bem menos que na de hoje, e o acesso à TV, que pouco oferecia, era compensado pelos gibis pros meninos, revistas para os jovens, e jornais para os adultos. Hoje está tudo lá oferecido na net e ninguém quer. Nossas necessidades agora são outras. Antes as pessoas podiam até fazer parte do nosso universo, hoje fazemos de tudo para estar no universo delas... Ficamos vazios por tanto consumir.
As redes sociais tornaram explícito o grau de percepção e o tipo de interesse de quase a totalidade da população mundial com acesso à internet! É uma tremenda oportunidade de se ganhar muito dinheiro no lugar de educar e facilitar a compreensão das pessoas da sua vulnerabilidade.
No final do século XX as mudanças na China de Xiaoping e o fim da URSS enterraram de vez o Comunismo e as ideologias do passado. Passou-se a optar por mais ou menos Estado nas economias e mais ou menos conservadorismo nos costumes, reconformando-se os partidos políticos e governos no posicionamento segundo essas duas variáveis. A antiga esquerda socialista continuou a empunhar sua bandeira reformista e a antiga direita capitalista manteve o seu conservadorismo, passando esses grupos a serem diferenciados apenas por isso, já que tanto o capitalismo de mercado como o de Estado hoje predominam. A ultrapassada guerra ideológica cinge-se agora à discussão acalorada das questões sociais fracturantes de comportamento, e é em cima delas que os atuais partidos políticos tentam demarcar-se e disputar o poder, marcadamente de forma populista. As questões religiosas, de raça, de gênero, dos emigrantes, a legalização das drogas, do aborto, da eutanásia, a questão do clima, apaixonam e entretêm enqu
Quando numa pandemia como essa vemos as pessoas tão necessitadamente à procura de estarem juntas, nos damos conta de que a nossa suposta auto-suficiência está redondamente enganada. 
Como despertar o jovem carenciado para a Literatura? Ler abre as portas e janelas do mundo. E o mundo assim escancarado se mostra como ele é pra quem quiser conhecê-lo. Mas só pra quem quiser conhecê-lo. O jovem carenciado vive num mundo à parte. Sem motivação, está a deriva agarrado a uma boia num oceano de dificuldades. Às vezes desiste da boia e afunda... Ler e conhecer o mundo real dá-lhe esperanças e vontade de nadar, de seguir uma rota em busca de terra. O livro é um porto seguro para um jovem que o demanda. O principal desafio para ele é buscar um destino. Querer ler. Sentir que cada página é mais uma milha percorrida, mais perto do que busca, e essa certeza de êxito só lhe dá mais motivação para querer chegar... Ler é receber informação, é comunicar. É preciso ter curiosidade sobre o assunto e querer vivamente ser esse receptor da mensagem, seja pela razão, seja pela emoção. Querer ler é ter curiosidade por saber, e talvez por isso seja o que nos sacia de verdade e nos dá tanto
A exemplar Constituição Americana fundamenta-se na liberdade inalienável do indivíduo, garantindo-a contra os abusos do governo. Entretanto esse direito nato só existe se for este um sentimento nato. Terão os chineses culturalmente esse mesmo sentimento dos ocidentais? Terá para o povo chinês a liberdade um conceito diferente e por isso uma outra ideia do que seja Democracia?