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A mostrar mensagens de setembro, 2021
Em todas as sociedades pluripartidárias há sempre os que desejam mais intervenção do Estado e outros que não, uns mais progressistas e outros mais conservadores. Essas diferenças definem o que é ser de esquerda ou direita. No Brasil, como em todo lugar, esses grupos sempre existiram. Com a Abertura Democrática e o fim da ditadura militar de direita, a esquerda enraizou-se profundamente nas mentalidades que, não tanto por convicção ideológica, mas por rejeição ao militarismo, acabou por reprimir a direita brasileira por muitos anos. O descalabro do Lulopetismo propiciou o reaparecimento da direita liberal e conservadora, na figura de um desconhecido e inexpressivo deputado eleito presidente da república. A decepção das expectativas no seu governo, agravada pela continuação da corrupção endêmica que disse querer combater, ressuscitou a esquerda sepultada nas eleições e pela prisão de Lula pela Lava-Jato. As próximas eleições presidenciais, com a volta de Lula agora inocentado de forma cr
Profissionalismo no lugar dos cargos políticos faz toda diferença na gestão do interesse público. Um claro exemplo disso foi a atuação eficientíssima de um militar na vacinação da Covid em Portugal. Toda a máquina administrativa deve situar-se fora da esfera política, devendo ser concursada e de carreira, composta por profissionais formados em administração pública com mérito. Os cargos executivos eleitos apenas utilizam esses funcionários para aplicarem seus programas de governo vencedores de escrutínio. O funcionalismo público, em tudo regido pela legislação do trabalho privado, inclusive os salários de mercado, deve gozar de estabilidade, a título de independência, diante somente dos cargos eleitos. Não gozam dessa estabilidade em qualquer outra situação, sendo avaliados regularmente pelos utentes dos serviços públicos, que em determinadas condições podem mesmo os destituir de funções através de processos trabalhistas movidos pela Procuradoria.
A imprensa serve para trazer o fato a quem por ele se interessa e consome esse tipo de produto. Informar o ocorrido, a descrição mais fiel do acontecimento, reportar com toda isenção ao leitor que quer estar informado e formar sua própria opinião. Quando a imprensa, além disso também opina, dá o seu próprio juízo, tomando assim partido de uma opinião. Seu leitor concordando ou não, além do fato em si, também recebe esse contributo para a discussão. A liberdade de imprensa está exatamente na possibilidade de se vender e comprar o produto jornalístico que se quiser. Há diferentes opiniões, como há diferentes leitores consumidores e não há nada de mal nisso, muito pelo contrário, é tremendamente salutar e necessário o interesse pelo debate de opiniões, estando aí o principal problema com que nos defrontamos atualmente: a falta de interesse pelo debate, por total comodismo, e o mero bate-boca de grupos apaixonados nas redes sociais. Nesses meios onde não há o debate proliferam as mentiras
Liberdade de expressão Liberdade de imprensa Direitos e Deveres Lei Sem ordem não há entendimento, e para isso existem as leis estipulando direitos e deveres. Entre opinião e expressão vai um grande espaço, e a liberdade de imprensa só o amplia. É preciso ter cuidado com isso. E responsabilidade. Não é suficiente dizer que a opinião de quem escreve não representa a de quem divulga. Foi divulgada. A imprensa é livre por isso. Mas onde fica sua responsabilidade? De que tipo de filtro precisa para não ser meramente panfletária? As redes sociais revolucionaram tremendamente o papel dos meios de comunicação. Divulga-se tudo instantaneamente, inclusive mentiras e verdades tendenciosas. O anonimato as protege. O que antes era privilégio de poucos que liam e compravam jornais, hoje está nas mãos de todos, inclusive dos que não têm opinião própria. O direito de resposta e o crime de ofensa já não acompanham a velocidade do estrago e assim deve haver outra medida. As liberdades são preciosas e p
O corpo político e a sociedade são dois corpos excludentes, não obstante da sociedade provenham os membros do corpo político. Apesar de sua práxis exclusiva, o corpo político não perde suas qualidades individuais, características marcantes da sua sociedade. No Brasil, os políticos não representam seus eleitores, agindo sempre em interesse próprio, com o agravamento da impunidade e do próprio desinteresse dos representados. Esses costumam apontar os defeitos e chagas do corpo político, como forma de revolta e inconformismo, esquecendo-se que os escolhem através do voto entre os membros do seu próprio grupo. A sociedade brasileira, assim como sua jovem democracia, comparando-se o grupo ao indivíduo, pode ser encarada como um adolescente, e como qualquer outro, imaturo e rebelde. Inconformista mas ainda dependente de seus pais que, nesta difícil fase dos filhos, contam apenas com duas únicas ferramentas eficazes em sua educação; o diálogo e a severidade. Extrapolando-se agora ao grupo, po
A ação nasce da ideia. À convergência de ideias políticas chama-se ideologia e essa norteia as ações dela esperadas. Os partidos políticos que antes representavam ideologias, agora não distinguem-se mais pelo seu ideário, assemelhando-se todos pela única luta pelo poder. Suas siglas não dizem nada. Mascara-os. As candidaturas independentes são o resultado dessa degradação identitária no espectro político, apesar de remanescer a ideologia que move cada uma delas. Os diferentes grupos ideológicos separam-se entre os de esquerda e os de direita, nos mais variados sentidos e classificações. Ou por por natureza posicionamo-nos mais para um lado ou para o outro. Não há como estar no meio, pelo o que se chama Centro não passar de mero artifício casuístico. Se considerarmos qualquer extremismo como fora daquilo que seria razoável, também não há de fato em democracia, espaço para uma extrema-esquerda ou extrema-direita, que representam na verdade variantes do totalitarismo. Daí podermos agrupar