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A mostrar mensagens de março, 2022
O 31 de Março não pode ser resumido à  ditadura militar. Movimento popular legítimo, impediu que o rumo das coisas levasse o país ao socialismo que hoje conhecemos. Estado de exceção necessário, pecou pela permanência e abuso justificados pelo contexto da Guerra Fria. O atual "Estado de Direito" brasileiro aprisiona a nação que necessita uma nova formulação. Nossa "democracia" não nos livrará da atual situação lamentável em que nos encontramos.
A ideologia na economia fica de fora quando o momento é de instabilidade. Os dois maiores partidos políticos portugueses que revezam-se no governo, o PSD de centro direita e o PS de centro esquerda, destinam respectivamente mais investimentos para as empresas ou no Estado. Quando não se decide pelo carisma, a maioria dos eleitores que vota por ideologia não tem dúvida disso. A minoria mais mobilizada pelas questões de comportamento, vota mais à direita ou mais à esquerda conforme se reveja mais populista ou mais trabalhista. O fraco crescimento da economia e a forte dependência do Estado vêm dando vitórias ao PS. A esmagadora parcela de investimentos no Estado que está prevista no plano do governo, em detrimento das empresas, ilustra bem o exemplo de coerência ideológica do partido. Não tanto por isso e como referido, o eleitor tenha preferido a estabilidade na atual época de crises, com a continuidade da liderança do primeiro-ministro, no lugar da oposição do PSD que não soube mos
Há trinta anos atrás, quilombo ainda era coisa do tempo do Império. Hoje o chamado quilombola tem estatuto distinto, como o índio nas cidades, do cidadão comum. Claro exemplo do exclusivismo cultural brasileiro e do aproveitamento político que no lugar de integrar e igualar proporcionando ascensão social, prefere isolar e subsidiar a pobreza de comunidades carentes já totalmente miscigenadas. Manter uma cultura à custa da pobreza, além de incoerência, é crime.
Quanto tempo gasto de nossa vida em que tudo se resume a ter, a ganhar muito dinheiro, comprar tudo o que queremos, termos todas as mulheres e casarmos com uma, viajarmos para os lugares mais famosos, termos o cargo mais importante, o maior número de amigos, a maior casa, o melhor carro, as melhores roupas, comermos os melhores pratos e bebermos as bebidas mais caras. Tudo rápido e intenso; insaciante. Prazer imortal que fenece quando chegam os poucos anos de nossa vida em que apenas somos.
Conforme os anos vão passando, muda a proeminência dos nossos sentidos... Começamos pelo olfato ao nascer, com o paladar na infância, seguimos pela visão na juventude, chegamos à audição na fase adulta e alcançamos o tato ao final na velhice. Nos despedimos pelo toque...
A ideologia não deve fazer parte dos males do Brasil, como alguns dizem, porque simplesmente não existe. O que existe é o fisiologismo por parte dos políticos e o sectarismo por parte dos eleitores. Ideia zero. Muito pelo contrário, a ideologia é condição sine qua non para haver o pluripartidarismo; não essa infinidade fisiológica brasileira mas sim os quatro principais campos ideológicos universais, esquerda, centro-esquerda, centro-direita e direita. Também hoje repaginados tendo em vista o fim do Socialismo e a consagração do Capitalismo. Sem ideologia não temos direção e sem isso não vamos a lugar nenhum. Infelizmente a batalha de ideias no Brasil tornou-se uma chula disputa desportiva, essa sim um dos males do Brasil.
Um outro alucinado volta a rufar os tambores de guerra na Europa e seus povos esperam. Não será com armas que isso vai acabar porque com essas armas isso tudo acabará... A única via é a repartição da riqueza que se produz em meio ao bem estar social e ao Estado de Direito. Deve ser o povo russo a fazer essa escolha e o Ocidente a oferecê-la.