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A mostrar mensagens de outubro, 2021
Retirei de um texto de Henrique Raposo uma explicação muito boa sobre o desaparecimento da pertença nos dias de hoje e seus terríveis efeitos: "... No passado ainda recente, os mais pobres sabiam que tinham um certo estatuto e reconhecimento através da sua condição de operário ou trabalhador especializado, tinham o seu métier, a sua fábrica, o seu sindicato, a sua comissão de trabalhadores, o clube de futebol do sindicato ou o grupo coral ligado à fábrica. Esse mundo que garantia uma estrutura mental e o tal reconhecimento social, o tal status dentro da ordem natural das coisas, desapareceu em menos de uma geração.  As pessoas saltam de trabalho em trabalho sem criarem vínculos em lado nenhum... perderam empregos, perderam a ideia do emprego para a vida, perderam a ideia de que podiam ser operários, perderam as casas, até os carros. Ter uma arma é o que lhes sobra da sensação de ownership. Têm a arma e outra arma: o Facebook ou outras redes sociais onde procuram o capital social q
Política é ferramenta do Poder. Não interessa ao poder económico a desordem e o empobrecimento.  A sociedade deve ser mantida distraída, achando que governa, enquanto aufere rendimentos suficientes com que se contente. Só a paz política interessa a quem realmente detém o poder. As sociedades não governam, são governadas, e esse engodo continua enquanto se reparte e todos ficam bem. Não há mal nenhum nisso, é da natureza humana. A riqueza se perderia se não estivesse na mão dos poucos que a sabem criar.
"É algo de recente e de muito surpreendente: são as mulheres que decidem tudo. Elas decidem o início de uma relação, elas decidem quando é que essa relação termina, elas decidem ter um filho ou não. O homem permanece estranhamente inerte. Há uma espécie de desfalecimento do ponto de vista masculino que não deixa de ser perturbador. O ponto de vista masculino, tendo tão poucas oportunidades de se expressar, tornou-se desconhecido. É uma espécie de segredo... que pensa de tudo isso o homem, no fundo de si mesmo? Uma hipótese é que ele não mudou, nada de nada. A reforma do homem foi um falhanço completo, mas é um falhanço dissimulado porque os homens compreenderam que o melhor era calarem-se." Concordo com M. Houellebecq sobre o papel voluntarioso da mulher na sua emancipação em relação ao homem. Acrescentaria que tudo não passa da mais perfeita expressão da natureza dos gêneros...
A arte é o retrato fiel da expressão de uma época. Em todas suas manifestações, alternaram-se de forma cíclica ao longo do tempo entre períodos mais subjetivos e outros mais objectivos. Como no Barroco e no Clássico, no Romântico e no Moderno, vivemos agora sem dúvida a passagem de uma época de objetividade para outra de subjetividade; do materialismo tecnicista para o humanismo ambientalista.
A imagem da "Mão Invisível" é tão natural quanto a natureza humana e a Lei de Mercado sua prática. Só deixarão de existir quando houver fraternidade entre os homens. O Liberalismo seria perfeito se o homem o fosse e enquanto não é, deve haver o Estado a corrigi-lo .
Nossa CF e o sistema político decorrente impedem as mudanças necessárias. O PR muito não faz sem a aprovação do Congresso, e isso não tem nada de mal, muito pelo contrário, a não ser pelo tipo de "representante" que elegemos. Nesse nosso presidencialismo é o Congresso que decide e eles não querem mudar nada. O PR acaba por mais tarde ser obrigado a entrar no seu esquema e novamente o eleitor se vê desiludido e desesperançado. Somente um PR honrado com total apoio popular poderia negociar, não enfrentar, o Congresso para a aprovação dessas mudanças, contra as quais haveria tremenda manifestação popular de repúdio nas ruas. Somente isso faria o Legislativo pensar duas vezes. PL's como a do voto distrital com recall e do fim da imunidade parlamentar já seriam um enorme pontapé inicial. Todo o restante viria daí. Como fazer isso? Candidatando-se um PR honrado e a população estupidamente polarizada unindo-se em apoio incondicional ao Brasil. Somos nós próprios a dizer isso ser
O que nos dá prazer de verdade? Expressarmo-nos! Falar, dançar, desenhar, pintar, cozinhar, cantar, escrever... Criar e criticar, criar de novo e de novo criticar e recriar. A comunicação passa a mensagem da ideia criativa; permite também argumentar, discutir, criticar essa criação nunca perfeita, absoluta, final. Comunicamos através da arte por sinais e ritmos, por símbolos, sons, imagens, cheiros, paladares, texturas... Toda criação, tal com nosso prazer, só o é se partilhada, por isso é preciso comunicar, passar sua mensagem. Escrever é um tremendo jeito de exprimir e comunicar. É uma arte! Descartes disse: "Penso, logo existo". Eu diria: Sinto, logo sou! Estou livre para exprimir-me, e isso dá-me muito prazer!