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O ataque do deputado extremista André Ventura à comunidade cigana é uma clara manobra divisionista para encontrar "culpados". Típico método fascista.

Entretanto não deixa de ser um problema que os moderados preferem não falar dando azo para que o seu minúsculo partido aproveite essa legítima insatisfação popular.

De fato são um verdadeiro problema em todo lugar onde estão presentes. Raríssimos são os que se integram, normalmente empresários bem sucedidos. A maioria vive à margem da sociedade, estigmatizada por pequenos delitos e desacatos.

Ventura os acusa de subsídio-dependentes. O fato é que essa comunidade não representa nenhuma despesa a mais do que qualquer outro português carente que também receba o RSI Rendimento Social de Inserção. Os ciganos representam menos de 4% dos beneficiados, o que prova ser uma  desinformação propositada que boa parte da população desconhece e que os extremistas aproveitam para tirar partido e ganhar notoriedade.

O principal problema não é económico mas sim social, devido às iniciativas governativas que procuram vincular o subsídio à integração social não produzirem de fato nenhum efeito. A questão mais importante que deve ser discutida para se buscar essa difícil solução é a efetiva integração social daquela comunidade. 


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