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Em todas as sociedades pluripartidárias há sempre os que desejam mais intervenção do Estado e outros que não, uns mais progressistas e outros mais conservadores. Essas diferenças definem o que é ser de esquerda ou direita. No Brasil, como em todo lugar, esses grupos sempre existiram.

Com a Abertura Democrática e o fim da ditadura militar de direita, a esquerda enraizou-se profundamente nas mentalidades que, não tanto por convicção ideológica, mas por rejeição ao militarismo, acabou por reprimir a direita brasileira por muitos anos.

O descalabro do Lulopetismo propiciou o reaparecimento da direita liberal e conservadora, na figura de um desconhecido e inexpressivo deputado eleito presidente da república.

A decepção das expectativas no seu governo, agravada pela continuação da corrupção endêmica que disse querer combater, ressuscitou a esquerda sepultada nas eleições e pela prisão de Lula pela Lava-Jato.

As próximas eleições presidenciais, com a volta de Lula agora inocentado de forma criminosa pelo establishment, revive o medo desse retorno, agudizado pelos mais fanáticos saudosos de uma direita, não tanto liberal e conservadora, mas sim retrógrada e imobilista, travestida de patriótica.

Fica claro que no Brasil, mesmo com a recente oportunidade, nunca houve de fato uma direita ideológica, mas sim antigas oligarquias patrimonialistas que sempre desprezaram a distribuição de riqueza, fomentando uma espécie de revanchismo apropriado por uma esquerda corrupta e populista.

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