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Como votamos?

O Individualismo suplantou o Coletivismo, e esse fenômeno social tem definido a direção ideológica personalista do voto no lugar da tradicional escolha de um programa no campo ideológico.

O exemplo brasileiro nessas eleições ilustra bem essa característica do eleitor passional, justificando bem seu comportamento agressivo e apaixonado.

Naturalmente nos dividimos entre duas formas de encarar qualquer acontecimento com que nos deparamos. Há em nós uma simpatia nata, visceral, que nos leva a tomar de imediato uma atitude mais complacente, ou em oposição, uma atitude mais assertiva diante um problema.

É mais fácil do ponto de vista cognitivo optar pelo que nos simpatizamos do que propriamente o debate das prioridades programáticas na política; isso empobrece a mobilização coletiva e a representatividade do eleitor.

A despreocupação egoísta com o coletivo de diferenças leva ao surgimento dos perigosos radicalismos em tempos de crise.

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