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A ideologia na economia fica de fora quando o momento é de instabilidade.

Os dois maiores partidos políticos portugueses que revezam-se no governo, o PSD de centro direita e o PS de centro esquerda, destinam respectivamente mais investimentos para as empresas ou no Estado.
Quando não se decide pelo carisma, a maioria dos eleitores que vota por ideologia não tem dúvida disso. A minoria mais mobilizada pelas questões de comportamento, vota mais à direita ou mais à esquerda conforme se reveja mais populista ou mais trabalhista.
O fraco crescimento da economia e a forte dependência do Estado vêm dando vitórias ao PS. A esmagadora parcela de investimentos no Estado que está prevista no plano do governo, em detrimento das empresas, ilustra bem o exemplo de coerência ideológica do partido.
Não tanto por isso e como referido, o eleitor tenha preferido a estabilidade na atual época de crises, com a continuidade da liderança do primeiro-ministro, no lugar da oposição do PSD que não soube mostrar-se uma alternativa credível. Razão essa pela qual explica-se o crescimento dos partidos mais à direita na Assembléia da República, e do populismo em geral pelo mundo afora.

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