Avançar para o conteúdo principal

A ideologia na economia fica de fora quando o momento é de instabilidade.

Os dois maiores partidos políticos portugueses que revezam-se no governo, o PSD de centro direita e o PS de centro esquerda, destinam respectivamente mais investimentos para as empresas ou no Estado.
Quando não se decide pelo carisma, a maioria dos eleitores que vota por ideologia não tem dúvida disso. A minoria mais mobilizada pelas questões de comportamento, vota mais à direita ou mais à esquerda conforme se reveja mais populista ou mais trabalhista.
O fraco crescimento da economia e a forte dependência do Estado vêm dando vitórias ao PS. A esmagadora parcela de investimentos no Estado que está prevista no plano do governo, em detrimento das empresas, ilustra bem o exemplo de coerência ideológica do partido.
Não tanto por isso e como referido, o eleitor tenha preferido a estabilidade na atual época de crises, com a continuidade da liderança do primeiro-ministro, no lugar da oposição do PSD que não soube mostrar-se uma alternativa credível. Razão essa pela qual explica-se o crescimento dos partidos mais à direita na Assembléia da República, e do populismo em geral pelo mundo afora.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Vida A vida é uma escola. Nos matriculamos antes de nela entrar. Todos somos alunos e professores. Todo dia recebemos lições. Temos sempre o trabalho de casa. Uns aplicam-se mais, outros menos. De tempos em tempos passamos por provas. No final do curso, uns passam, outros repetem. Todos aprendemos! Abençoada escola! 
Em todas estruturas sociais há classes dos mais fortes e dos mais fracos, sejam jovens e velhos, ricos e pobres. A evolução dos ideais de solidariedade e justiça originou costumes e leis para que os mais fortes protegessem os mais fracos. O Estado Social e a tributação progressiva são exemplos disso. A Justiça coíbe e pune os abusos das regras. O Ministério Público existe para defender os interesses em nome da sociedade. Em tese tudo está previsto e bem organizado. Inevitavelmente não é o que acontece pois a maior parte, mais fraca, da sociedade não é organizada e não se vê representada. A política dos regimes democráticos ocuparia esse papel se de fato representasse esse grupo, o que na prática não funciona assim. Admitindo-se que a esmagadora maioria não está preparada, e mesmo sequer interessada, em criticar e discutir os problemas que a afligem, temos a minoria, mais forte, totalmente livre para organizar governos que a favorecem, em detrimento dos mais fracos. A evolução do s
Sobre Ordoliberalismo e o conceito do Estado Social como aquele que garante benefícios a todos com a contribuição dos que produzem, ou seja, da repartição da criação da riqueza que o primitivo Liberalismo puro e duro criou. Além do direito à Saúde e Educação públicas, que chegamos mesmo a pensar que sempre existiu, há um terceiro outro direito fundamental que nos importa muito em determinada fase da vida; as pensões. Como assim uma família que cuidava dos seus doentes, incapacitados e velhinhos, passou o Estado a desempenhar esse papel. O mundo globalizado tal como é hoje, já não depende de ideologias "esdrúxulas" para o dever de proteger seu cidadão, sob pena de não o fazendo simplesmente desmoronar. O brutal nível de acumulação de riqueza alcançado só ainda não colapsou porque os Estados de alguma forma vieram garantindo algum bem-estar social em troca do pagamento de contribuições e impostos. O Estado Social é o resultado da evolução do liberalismo capitalista, tentado e f