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Limitar o lucro é interferir no mercado, e como tal libertar forças contrárias estabilizadoras do próprio mercado como o desabastecimento.

Por outro lado, não limitar preços exagerados de alguns produtos pode acarretar crises como a inflação.

Como agir se nada pode contrariar a oferta e a procura?

O combustível ou a eletricidade por exemplo impactam em muitas composições de custo de produtos básicos essenciais, cujo consumo não pode ser reduzido a partir de um determinado limite de procura. Como corrigir distorções pontuais sem afetar o mercado nesses casos?

Considerando-se que, da mesma forma que são respeitadas as forças de mercado, também deve ser exigida a livre concorrência, ou seja não haver monopólios ou cartelizações, a parcela do lucro não pode ser diminuída, restando reduzir os custos de produção e os impostos.

Se tomarmos os impostos e o preço da matéria prima intocáveis, os custos de produção poderiam ser ainda mais reduzidos, além daqueles resultantes da livre concorrência.

Redução de custos de produção requer mais investimento. Sem haver ainda essa última possibilidade, a simples redução do resultado poderia desestimular ou até mesmo eliminar essa oferta. Qual a saída sem uma improvável redução de impostos ou subsídios pagos com esses mesmos impostos?

Arrisco dizer que para determinados produtos estratégicos, fornecidos por empresas musculadas, a lei de mercado deveria deixar de ser praticada temporariamente nesses casos de anormalidade, e estipulado um limite da margem de lucro para a diminuição do preço final ao consumidor.

Seria um preço/risco a pagar pelas empresas por estarem nesse tipo de negócios. 

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