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Experimentar o sabor e outras coisas das quais o outro goza. Querer sentir o prazer que o outro demonstra desfrutar. Essa curiosidade, e até mesmo inveja, tem sido capaz de manter o consumo e tudo mais o que produzimos no mundo, desde as fortunas nacionais conseguidas com o comércio de especiarias e tecidos...

Somos nós, a nossa cobiça, os responsáveis pelo consumo e pela produção de riqueza ao que damos o nome de mercado e pelo qual tudo baseamos; acumular riqueza e saciar prazeres. Esse é o motor que nos faz mover e o que tem destruído o mundo e a relação entre as pessoas e os povos. O poder é egoísta, e se não nos dermos conta de que sozinhos não somos felizes, e que há outras coisas para além do produto, seremos mesmo capazes de destruir o planeta.

Cabe a nós valorar aquilo que realmente importa. Se preciso consumir menos ou deixar de consumir, diminuir a produção ou deixar de produzir, trabalhar menos e viver com mais qualidade, mais tempo e na companhia dos nossos amados. Sentir de fato prazer com isso, com o que está ao nosso alcance, no tempo de hoje, e deixar a cada um o prazer que possa desfrutar com o seu entendimento.

A Terra regenerar-se-á; sua natureza e a moral do homens.

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