No final do século XX as mudanças na China de Xiaoping e o fim da URSS enterraram de vez o Comunismo e as ideologias do passado.
Passou-se a optar por mais ou menos Estado nas economias e mais ou menos conservadorismo nos costumes, reconformando-se os partidos políticos e governos no posicionamento segundo essas duas variáveis.
A antiga esquerda socialista continuou a empunhar sua bandeira reformista e a antiga direita capitalista manteve o seu conservadorismo, passando esses grupos a serem diferenciados apenas por isso, já que tanto o capitalismo de mercado como o de Estado hoje predominam.
A ultrapassada guerra ideológica cinge-se agora à discussão acalorada das questões sociais fracturantes de comportamento, e é em cima delas que os atuais partidos políticos tentam demarcar-se e disputar o poder, marcadamente de forma populista.
As questões religiosas, de raça, de gênero, dos emigrantes, a legalização das drogas, do aborto, da eutanásia, a questão do clima, apaixonam e entretêm enquanto o verdadeiro poder, o econômico, dita nossas vidas que monologam presas nos seus mundinhos debaixo do olho desse mundão globaritário.
Teremos isso em conta?
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