Avançar para o conteúdo principal

O recente surto de Covid em Odemira trouxe à tona três questões esquecidas: o revigoramento económico com a agricultura, as implicações ambientais naquela região de preservação e a dignidade dos trabalhadores imigrantes sazonais contratados por terceiros irregulares. 

Questões ambientais à parte e tendo em vista a falta de infraestruturas naquelas localidades quase desabitadas, caberia ao Estado através das Câmaras Municipais legislar a construção de alojamentos padronizados nas explorações, além de obrigar contratos de trabalho a termo, enquadrados em acordo coletivo, de forma a garantir salário-mínimo e contribuição para Segurança Social, com desconto regulamentado para o empregador como compensação pelos custos de acomodação.

PS: Soube mais tarde e faço questão de registar aqui o bom exemplo do Grupo ELS

Comentários

  1. Concordo com a sugestão da construção de um lar para esses trabalhadores e a questão do contrato para além de beneficiar a economia local oferecer condições de trabalho/vida para estes trabalhadores.
    São esquecidos renegados pq? Só porque não são europeus ou não tem €? É muito triste

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Com um OE comprometido com salários e pensões não há dinheiro para o investimento; espaço para a iniciativa privada. Muito mais que a conhecida redução de impostos, deve ser com concessões e privatizações que a Economia pode crescer. Ultrapassar os tabus, garantir seu papel social, regular e deixar o Capital fazer o seu trabalho. 
O Bolsonarismo foi uma válvula de escape para o Conservadorismo brasileiro. Desperdiçou-se a oportunidade de um centro-direita governar e acertar as contas para gerar crescimento. As difíceis condições do país, agravadas pelo panorama internacional, não serão revertidas com o retorno da esquerda, pelo contrário irão deteriorar-se. A reaparecimento da direita é definitivo. Será vital surgir uma corrente mais moderada que esvazie o furor populista e livre o país de uma radicalização desgastante ainda maior.  
Um caso hipotético. Um empresário no setor financeiro, reeleito governador, foi beneficiado por ter sua empresa sido autorizada a abrir um novo tipo de linha de crédito, derivado da aprovação de lei editada pelo Executivo. Seria ético o empresário prestar apoio político a esse Executivo? Não deveria haver nenhum benefício por iniciativas políticas a quem ocupa cargos públicos? Deveria quem ocupasse cargo público abandonar totalmente qualquer atividade empresarial? Ser empresário e político ao mesmo tempo pode ser compatível? Seria assim também em outros países? Apesar da lei autorizar, seria ético? Não permitir retiraria o direito de alguém empreender? Deveria haver um recesso durante e após o mandato como nos casos de cargos públicos que passam ao setor privado?