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Não é só o governo eleito que não tem programa. A miríade de partidos fisiológicos também não.
Os eleitores não conseguem optar por um ou outro programa e linha ideológica.
Não somente a falta de metas mas também do norteamento desejado para a Economia, dificultam a escolha e aferição do eleitor.
A falta de uma caracterização clara e de poucos partidos em número têm como consequência a falta de compromisso de programa e a fraqueza no apoio ao seu eventual representante eleito para o Executivo.
Como se não bastasse, a Constituição de 88 dá ao Congresso todo controle sobre o Executivo, sem nenhuma contra-partida de moderação de poder,  a não ser um raríssimo veto presidencial.
O período do Estado de Direito já proporcionou dois impedimentos presidenciais, não tanto pelas razões para o efeito, mas principalmente pela conveniência dos parlamentares.
É importantíssimo se criarem condições para que o poder Legislativo também possa ser cerceado. O recall eleitoral obrigaria coerência e estrito respeito às responsabilidades do mandato. O voto distrital deixaria o eleito mais debaixo do olho do eleitor.
Essa discussão também é urgente.

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