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O Frankenstein legislativo ganhou vida própria.

A necessária norma reguladora consensual tornou-se fisiológica, e com ela uma torrente de obrigações onerosas que aproveitando-se de um justo acordo coletivo, visou na verdade criar benefícios particulares.

No Brasil, no âmbito da Legislação da Segurança do Trabalho, tão bem fundamentada e desenvolvida a partir das pioneiras CIPA's, a norma expandiu-se englobando a Saúde e o Ambiente. Tomou um corpo enorme.

Em especial no setor da Engenharia Civil, recordista em acidentes de trabalho, tornou-se pesada estrutura administrativa com poderes às vezes maiores que o próprio resultado dos contratos.

Com indiscutível objetivo explícito, mas perversamente corporativa, acabou substituindo em muitos casos o seu papel low profile colaborante, pelo de protagonista do próprio negócio. Esse monstro, à guisa da proteção do empregado na defesa disfarçada de sua saúde e do Ambiente, quase investido de funções sindicais conflitantes com os interesses do negócio, pode chegar mesmo a inviabilizá-lo à custa de manter-se. 

Essa legislação, a exemplo de outras, tornou-se uma armadilha difícil de desmontar. 

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