O Poder Legislativo é sempre erroneamente negligenciado nas eleições.
Os diferentes assuntos, interesses e opiniões dispersam e inviabilizam a ação legislativa individual, da mesma forma que os muitos partidos sem ideologia identificável não permitem a ação conjunta necessária para a aprovação das medidas necessárias.
Face à nossa particular política sem representatividade e responsabilização, corrompida em todas áreas e níveis, somado a uma sociedade maioritariamente despolitizada e alheia, fica patente a disfuncionalidade de todo o sistema.
Tendo em vista essa deficiência estrutural causada pela ineficácia da ação individual do vereador, de fato um desconhecido descompromissado com o eleitor, fica claro ser preciso protagonizar o papel ideológico do partido político, ao mesmo tempo que se devem permitir agrupar os muitos e dispersos partidos por afinidade de objetivos.
Privilegiando-se a exclusiva vontade dos eleitores nas suas questões de maior interesse, seria de todo útil a definição de uma lista de ações, de sua iniciativa, a ser atendida consoante o viés ideológico de cada partido e assumida como compromisso eleitoral para aquela legislatura.
Por essas razões e como proposta para uma solução, seria mais apropriado o voto direto no partido ou frente partidária, em detrimento do voto nominal, pelo sistema proporcional com lista fechada.
Mais apropriada às nossas características, de populosos distritos eleitorais, esta medida garantiria uma maior representatividade, ao mesmo tempo que permitiria o controlo direto por parte do eleitor, do encaminhamento das suas prioridades.
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