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Invariavelmente quando nos defrontamos com os velhos problema nacionais respondemos ser a causa nossa falta de educação.
Certo é que sem educação não conseguimos corrigir nossos problemas; que também seria necessário o espaço de tempo de gerações para a mudança de costumes, e o principal deles o irrestrito respeito à Justiça.
Qual método educativo milagroso poderíamos tomar desses invejáveis países desenvolvidos? Mais professores bem formados e com melhores salários? Ênfase no ensino básico público?
Sem dúvida são medidas fundamentais, mas que não podem ser implementadas sem uma outra sem a qual nada resultaria e dela própria tudo mais decorresse: uma verdadeira democracia.
Um verdadeiro regime representativo democrático no qual o cidadão é respeitado e seus representantes respeitam as leis; onde prevalece a Justiça e a Moral. Sem isso nada se conseguiria e os problemas seguiriam, como seguem insolúveis.
Como atingir esse objetivo no nosso país, quando a população é mantida ignorante e excluída de seus direitos; onde as Instituições constitucionalmente zelam por manter tais condições; onde uma Nomenklatura intocável perpetua seus privilégios com o dinheiro público e a anuência de empresários corruptos; onde o voto não é capaz de sozinho inverter a situação?
A mobilização popular é a única saída, e essa iniciativa não será eficaz se não for séria, consciente e comprometida. Falta-nos a seriedade para assuntos tão graves.
Como seria possível tal mobilização se o próprio povo está ignorante e alheio; tendo como única preocupação sua sobrevivência diária em ambiente tão hostil; metido numa polarização estúpida que só visa desfocar a verdadeira raiz do problema? Os meios de comunicação não serão suficientes se essa discussão não for levada a diante. Deverá ser no boca à boca, na sensibilização e motivação de cada um, na discussão dentro da família diante do noticiário da TV, entre os colegas nas escolas, entre os homens simples, entre os doutos, entre aqueles que reúnam condições de liderar, porque não surtirá efeito a discussão se nāo for posta em prática; na constante avaliação pelos liderados e principalmente nos resultados indicativos das mudanças que surgirão.
Enfim, no surgimento do costume de cada um se sentir responsável pelo bem estar de todos e nesse sentido do seu próprio bem estar. Não há outra forma.

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