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Nossa triste situação social é o resultado de nossa cultura patrimonialista. O desinteresse crônico pela política perpetua isso.
Uma provável resposta para o alheamento da população pode estar nessa separação hereditária entre servo e senhor, quase como numa sociedade de castas.
A grande maioria se considera sem importância e que as coisas são assim mesmo, não mudam, não há nada a fazer.
Vive-se de migalhas.
Não percebemos que o pouco que recebemos não é dádiva e sim o retorno do pouco que sobra da enormidade dos impostos que pagamos pra manter o feudo...
Quem vive numa favela ou num apartamento de classe média está mais interessado em manter o trabalho miserável pra pagar as contas do que na ação política que pode melhorar sua situação; no imediato medíocre do que num futuro promissor.
Triste egoísmo de subsistência, pura sobrevivência instintiva e irracional que desconsidera a própria prole fadada a eternizar o seu desatino.
Os governos e sistemas políticos mantêm essa situação em nome do Patrimônio, a população permite, o voto perpetua.
Essa roda gira contínuo no plano... às vezes tropeça num pedregulho revolucionário... sacoleja...
Uma única pedra que sobressai das outras no plano onde mantemos niveladas nossas cabeças...

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