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Nossa precariedade política fica patente no momento atual. O estado de exceção serve bem a estes casos e está previsto na Constituição; não nos valeu. O Federalismo e o estilo tíbio autocrático desse presidente têm se mostrado incapazes de enfrentar a pandemia a despeito da dedicação e empenho isolados de alguns.
Está claro que uma ameaça viral como essa requer uma ação central e concertada, baseada na experiência dos países infectados mais cedo e no conhecimento científico que se vai alcançando.
A correria desvairada dos governadores na tomada de medidas restritivas entrou em choque com a habitual falta de capacidade de consenso do presidente que tristemente, se não fosse apenas por defeito e total desinformação, só foi capaz de ver nesse embate o risco da sua reeleição; perdeu uma grande oportunidade...
A população órfã expôs suas fragilidades à mercê do vírus e da impiedade de empresários estúpidos que recorrem ao Utilitarismo num momento em que ao invés de se atacar é preciso se defender...
Pobre país rico e desigual, tão desorganizado e despreparado. Quem nos valerá nessa aflição quando mais do que nunca é preciso quem nos represente e atue com responsabilidade?
O que mais teremos que passar até que aprendamos finalmente a nos governar? 

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O Bolsonarismo foi uma válvula de escape para o Conservadorismo brasileiro. Desperdiçou-se a oportunidade de um centro-direita governar e acertar as contas para gerar crescimento. As difíceis condições do país, agravadas pelo panorama internacional, não serão revertidas com o retorno da esquerda, pelo contrário irão deteriorar-se. A reaparecimento da direita é definitivo. Será vital surgir uma corrente mais moderada que esvazie o furor populista e livre o país de uma radicalização desgastante ainda maior.  
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