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Mesmo nos dias atuais há uma grande lacuna na orientação dos jovens no que diz respeito à futura vida de casados.
Os programas específicos das escolas limitam-se à educação sexual, e esta praticamente envolve tão somente as questões fisiológicas.
Algumas religiões oferecem aos interessados, algum tipo de formação preparatória intensiva, como se houvesse forma de sintetizar todo assunto numa espécie de "vacina".
Os pais que pouco abordam esses assuntos, também eles inexperientes quando casaram, recorrem à generalidade e pouco falam de suas experiências com seus filhos.
Restam os textos especializados e as impressões pessoais dos amigos. A maioria de nós casa-se sem nenhuma ideia do que seja uma vida em comum e principalmente ter filhos.
Nas crises, quando se pode recorrer a pais sensatos, muito mal se evita com uma boa conversa, entretanto poucos são os que buscam esse auxílio e também poucos os que sabem dar.
As liberdades e o imediatismo da vida atual consumista vê o casamento como uma experiência que pode ou não dar certo, sem a compreensão da gravidade e responsabilidade na decisão de se optar por viver com alguém e mesmo ter filhos. Os divórcios multiplicam-se.
Qual poderia ser uma forma de encarar esse problema, só por si tão importante como causa de tantos dramas pessoais sérios e problemas sociais desestruturantes? A família é a base de tudo.
Qual seria a melhor instituição para esse objetivo?
Tomando como premissa ser um assunto de interesse social deve ser tratado apropriadamente nas escolas, a exemplo de uma preparação para a cidadania, também esta uma lacuna, em complemento à formação acadêmica.
As aulas seriam dadas por profissionais específicos, sem notas ou exames, com créditos em função de presença mínima e participação num trabalho final.
O assunto apesar de muito íntimo e pessoal deve ser tratado de forma organizada, baseada nas observações da psicologia de casais e nas diversas experiências de casos obviamente anónimos trazidos pelos profissionais.
A decisão de ter filhos impõe ao casal a maior responsabilidade exigida e necessariamente o máximo de orientação na educação dos pequenos. O conhecimento da importância do seu papel no aperfeiçoamento do caráter da criança, precisamente até os 7 anos, implica um maior compromisso no relacionamento. 

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