Avançar para o conteúdo principal
Independentemente da ideologia, Jessé de Souza disse bem que é o nosso Patrimonialismo a causa da partição da sociedade entre os que têm e os que nāo.
A aceitação pseudo científica de que somos condenados pela formação interracial de costumes menos severos em relação à postura protestante que Weber sublinhou, vem servindo até hoje para o poder económico continuar a acumulação.
A ausência do Estado e o desprezo social pelos que não têm poder faz com que camda vez mais o cidadão desprotegido e marginalizado se alheie dessa realidade.
Ao invés da verdadeira Esquerda ter podido ensinar isto, pelo contrário, nossa nefasta esquerda só criou mais desproteção.
O eleitor está desapontado e inerte. Viu nessa eleição uma oportunidade real de mudar.
Nesse momento ainda estamos muito longe de nos ver como cidadãos pagadores de impostos.
Vemo-nos como vítimas desprotegidas que querem vingar-se dos seus governantes.
É necessária essa primeira etapa de caça às bruxas para que nos sintamos mais confiantes e, mais tarde, voltarmos a nos sentir gente de verdade e nos incomodar de fato com os números da violência.
É preciso primeiro restabelecer a ordem e a Justiça para poder começar do zero.



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Com um OE comprometido com salários e pensões não há dinheiro para o investimento; espaço para a iniciativa privada. Muito mais que a conhecida redução de impostos, deve ser com concessões e privatizações que a Economia pode crescer. Ultrapassar os tabus, garantir seu papel social, regular e deixar o Capital fazer o seu trabalho. 
O Bolsonarismo foi uma válvula de escape para o Conservadorismo brasileiro. Desperdiçou-se a oportunidade de um centro-direita governar e acertar as contas para gerar crescimento. As difíceis condições do país, agravadas pelo panorama internacional, não serão revertidas com o retorno da esquerda, pelo contrário irão deteriorar-se. A reaparecimento da direita é definitivo. Será vital surgir uma corrente mais moderada que esvazie o furor populista e livre o país de uma radicalização desgastante ainda maior.  
Um caso hipotético. Um empresário no setor financeiro, reeleito governador, foi beneficiado por ter sua empresa sido autorizada a abrir um novo tipo de linha de crédito, derivado da aprovação de lei editada pelo Executivo. Seria ético o empresário prestar apoio político a esse Executivo? Não deveria haver nenhum benefício por iniciativas políticas a quem ocupa cargos públicos? Deveria quem ocupasse cargo público abandonar totalmente qualquer atividade empresarial? Ser empresário e político ao mesmo tempo pode ser compatível? Seria assim também em outros países? Apesar da lei autorizar, seria ético? Não permitir retiraria o direito de alguém empreender? Deveria haver um recesso durante e após o mandato como nos casos de cargos públicos que passam ao setor privado?