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É incômodo o peso que o bolso pode dar à moral, muitas vezes considerado ético e até mesmo previsto.
Incomoda-nos o mencionado "seguro reputação" que a Vale acionou para seus executivos pelo desastre de Brumadinho. Uma tragédia sem precedentes causada pela incúria ou pior, dolo, de seus responsáveis agora cobertos, ou melhor, acobertados por este produto financeiro desenhado principalmente para "apagar" erros, além de "pagar por erros" de um simples e compreensível seguro de responsabilidade civil.
Informa a Vale, empresa brasileira de sucesso inspirada nos melhores padrões americanos, que é praxe lá esse tipo de proteção atuarial...
Deveria ser incômodo o peso que um bolso cheio faz sobre a consciência... 

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Com um OE comprometido com salários e pensões não há dinheiro para o investimento; espaço para a iniciativa privada. Muito mais que a conhecida redução de impostos, deve ser com concessões e privatizações que a Economia pode crescer. Ultrapassar os tabus, garantir seu papel social, regular e deixar o Capital fazer o seu trabalho. 
O Bolsonarismo foi uma válvula de escape para o Conservadorismo brasileiro. Desperdiçou-se a oportunidade de um centro-direita governar e acertar as contas para gerar crescimento. As difíceis condições do país, agravadas pelo panorama internacional, não serão revertidas com o retorno da esquerda, pelo contrário irão deteriorar-se. A reaparecimento da direita é definitivo. Será vital surgir uma corrente mais moderada que esvazie o furor populista e livre o país de uma radicalização desgastante ainda maior.  
Um caso hipotético. Um empresário no setor financeiro, reeleito governador, foi beneficiado por ter sua empresa sido autorizada a abrir um novo tipo de linha de crédito, derivado da aprovação de lei editada pelo Executivo. Seria ético o empresário prestar apoio político a esse Executivo? Não deveria haver nenhum benefício por iniciativas políticas a quem ocupa cargos públicos? Deveria quem ocupasse cargo público abandonar totalmente qualquer atividade empresarial? Ser empresário e político ao mesmo tempo pode ser compatível? Seria assim também em outros países? Apesar da lei autorizar, seria ético? Não permitir retiraria o direito de alguém empreender? Deveria haver um recesso durante e após o mandato como nos casos de cargos públicos que passam ao setor privado?