Do ponto de vista de quem vive o momento, talvez não seja clara a mudança que se processa nas relações de trabalho e nas condições em que se assentam a estabilidade dos sistemas económicos e o funcionamento das sociedades. Num futuro não muito distante ficará patente este período de transição pelo qual passamos.
A questão fundamental que origina esta mudança é o natural descontentamento e insatisfação do homem que descobre-se preso à dependência, contrariando o que lhe é mais caro, a sua liberdade, da condição de trabalhador remunerado para apenas sobreviver.
A título de ilustração, refere-se aqui o inovador conceito do RBI Rendimento Básico Incondicional, discutido atualmente em alguns países, como uma proposta para desvincular a necessidade de sobrevivência da prática do trabalho. Ideia essa que, se acertada, libertaria o indivíduo da necessidade de rendimento para sobreviver, dirigindo sua capacidades e aptidões para o trabalho criativo, produtivo ou não.
Inquestionavelmente o sistema capitalista proporcionou desenvolvimento e melhores condições de vida às sociedades, baseando-se na propriedade privada e na livre iniciativa, pilares da liberdade individual, tão cara ao ser humano. Não se pode negar também que as diferenças naturais de capacidade e inicativa dos indivíduos proporcionaram condições de vida diferenciadas numa mesma sociedade, fator este mesmo imprescindível para a harmonia das relações entre os seres sociais, podendo mesmo referir-se aqui, a figura naturalmente aceita da "mão invisível", que nos traz o alimento à boca. Em suma, é natural do ser humano empreender ações do seu interesse particular, para o seu benefício, trazendo como consequência o benefício dos demais de sua sociedade.
É inevitável também perceber que tais iniciativas particulares, podem tornar-se nocivas à sociedade, na medida em que há o excesso de benefício individual em detrimento do coletivo. Isto compreende-se bem pelo fato de sermos naturalmente egoístas e de uma certa forma gananciosos, do que antes naturalmente ambiciosos, restando às organizações sociais o papel de coibir esses abusos. Essa foi a fórmula encontrada para o desenvolvimento social durante o período de exploração e produção de riquezas que adveio das descobertas e avanços científicos. Podemos dizer inclusive que já ultrapassamos o ponto em que é necessário produzir para atender às nossas necessidades, passando a produzir excessos, em grande parte desperdiçável, além de prejudicial ao meio-ambiente e mesmo irremediavelmente destrutivo.
O acúmulo da riqueza que vem sendo produzida pelo homem, que deixou o seu caráter original produtivo para tornar-se meramente especulativo, com a passagem dos capitais dos meios produtivos para o mercado financeiro, vem-se tornando, pelo agravamento das desigualdades sociais e não menos pela deterioração das condições ambientais, uma condição insuportável ao homem que vê o equilíbrio social esboroar-se. Inconformado com os abusos, começa a questionar sua condição, naturalmente aceitável de "exploração", em troca de um bem-estar que já não vê. Essa inquietação e inconformidade em relação ao estado das coisas se nota em todas as partes, e pôe em causa o princípio estabilizador do trabalho remunerado, base econômica da sociedade tal como a conhecemos.
A situação económica desigual do mundo e o acúmulo desbragado de riqueza de uma minoria está a causar a motivação para a mudança do modelo socioeconómico estabelecido. Deveremos passar a um novo modelo, que distribui melhor a riqueza gerada em prol de uma sociedade mais justa e avançada.
A questão fundamental que origina esta mudança é o natural descontentamento e insatisfação do homem que descobre-se preso à dependência, contrariando o que lhe é mais caro, a sua liberdade, da condição de trabalhador remunerado para apenas sobreviver.
A título de ilustração, refere-se aqui o inovador conceito do RBI Rendimento Básico Incondicional, discutido atualmente em alguns países, como uma proposta para desvincular a necessidade de sobrevivência da prática do trabalho. Ideia essa que, se acertada, libertaria o indivíduo da necessidade de rendimento para sobreviver, dirigindo sua capacidades e aptidões para o trabalho criativo, produtivo ou não.
Inquestionavelmente o sistema capitalista proporcionou desenvolvimento e melhores condições de vida às sociedades, baseando-se na propriedade privada e na livre iniciativa, pilares da liberdade individual, tão cara ao ser humano. Não se pode negar também que as diferenças naturais de capacidade e inicativa dos indivíduos proporcionaram condições de vida diferenciadas numa mesma sociedade, fator este mesmo imprescindível para a harmonia das relações entre os seres sociais, podendo mesmo referir-se aqui, a figura naturalmente aceita da "mão invisível", que nos traz o alimento à boca. Em suma, é natural do ser humano empreender ações do seu interesse particular, para o seu benefício, trazendo como consequência o benefício dos demais de sua sociedade.
É inevitável também perceber que tais iniciativas particulares, podem tornar-se nocivas à sociedade, na medida em que há o excesso de benefício individual em detrimento do coletivo. Isto compreende-se bem pelo fato de sermos naturalmente egoístas e de uma certa forma gananciosos, do que antes naturalmente ambiciosos, restando às organizações sociais o papel de coibir esses abusos. Essa foi a fórmula encontrada para o desenvolvimento social durante o período de exploração e produção de riquezas que adveio das descobertas e avanços científicos. Podemos dizer inclusive que já ultrapassamos o ponto em que é necessário produzir para atender às nossas necessidades, passando a produzir excessos, em grande parte desperdiçável, além de prejudicial ao meio-ambiente e mesmo irremediavelmente destrutivo.
O acúmulo da riqueza que vem sendo produzida pelo homem, que deixou o seu caráter original produtivo para tornar-se meramente especulativo, com a passagem dos capitais dos meios produtivos para o mercado financeiro, vem-se tornando, pelo agravamento das desigualdades sociais e não menos pela deterioração das condições ambientais, uma condição insuportável ao homem que vê o equilíbrio social esboroar-se. Inconformado com os abusos, começa a questionar sua condição, naturalmente aceitável de "exploração", em troca de um bem-estar que já não vê. Essa inquietação e inconformidade em relação ao estado das coisas se nota em todas as partes, e pôe em causa o princípio estabilizador do trabalho remunerado, base econômica da sociedade tal como a conhecemos.
A situação económica desigual do mundo e o acúmulo desbragado de riqueza de uma minoria está a causar a motivação para a mudança do modelo socioeconómico estabelecido. Deveremos passar a um novo modelo, que distribui melhor a riqueza gerada em prol de uma sociedade mais justa e avançada.
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