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A discussão partidária no Brasil nunca foi ideológica.
O Patrimonialismo português que herdamos não democratiza. Nunca tivemos governos de esquerda e o que se viu nos anos petistas foi simplesmente a consolidação do nosso arraigado corporativismo público remanescente do Império.
A eleição de um novo governo conservador e com discurso liberal arremeda agora uma tentativa de rutura, talvez mais de costumes que liberal na economia.
A sociedade despolitizada não exerce pressão nesse momento crítico de mudança, a não ser pelo fanatismo militante sem qualquer conhecimento crítico do que realmente está em jogo.
Uma pequena parcela da mídia e a maioria dos empresários não podem deixar escapar essa oportunidade, lutando contra tudo e contra todos.
Quem sabe finalmente o Liberalismo não chega de carona na revolta contra a corrupção?  

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Com um OE comprometido com salários e pensões não há dinheiro para o investimento; espaço para a iniciativa privada. Muito mais que a conhecida redução de impostos, deve ser com concessões e privatizações que a Economia pode crescer. Ultrapassar os tabus, garantir seu papel social, regular e deixar o Capital fazer o seu trabalho. 
O Bolsonarismo foi uma válvula de escape para o Conservadorismo brasileiro. Desperdiçou-se a oportunidade de um centro-direita governar e acertar as contas para gerar crescimento. As difíceis condições do país, agravadas pelo panorama internacional, não serão revertidas com o retorno da esquerda, pelo contrário irão deteriorar-se. A reaparecimento da direita é definitivo. Será vital surgir uma corrente mais moderada que esvazie o furor populista e livre o país de uma radicalização desgastante ainda maior.  
Um caso hipotético. Um empresário no setor financeiro, reeleito governador, foi beneficiado por ter sua empresa sido autorizada a abrir um novo tipo de linha de crédito, derivado da aprovação de lei editada pelo Executivo. Seria ético o empresário prestar apoio político a esse Executivo? Não deveria haver nenhum benefício por iniciativas políticas a quem ocupa cargos públicos? Deveria quem ocupasse cargo público abandonar totalmente qualquer atividade empresarial? Ser empresário e político ao mesmo tempo pode ser compatível? Seria assim também em outros países? Apesar da lei autorizar, seria ético? Não permitir retiraria o direito de alguém empreender? Deveria haver um recesso durante e após o mandato como nos casos de cargos públicos que passam ao setor privado?